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  • Foto do escritorMaria Luísa Bergamasco

Síndrome do Impostor

Atualizado: 11 de mai. de 2021

Eu não sou uma fraude. E você também não é.


Há dois anos atrás, em 2019, eu me candidatava para uma vaga numa das maiores empresas de produção de cerveja do Brasil - a Ambev. Lembro-me no período do processo seletivo, de pedir ajuda para um amigo para fazer o teste de inglês online. Até que ele me disse:


"- Você é boa em inglês, Mery. Por que não tenta sozinha?"


E foi o que eu fiz. Funcionou, eu passei. Porém, a cada etapa em que eu me saía com bons resultados, eu pensava comigo: "eu consegui, mas estava fácil, né?" E comecei a notar que foi assim a minha vida inteira.


Acredito que a falta de reforço positivo das pessoas ao nosso redor, contribui muito para a construção da Síndrome do Impostor em nós. Comigo, o mérito era sempre de todos, menos meu. Era de facilidade do universo, afinal, o que alcancei na vida nem era de tão alto patamar assim.


Viver com a sensação de ser descoberta, faz você acreditar que é um fracasso. Eu não sou uma fraude, e você também não. Estamos aprendendo como receber um elogio e como deixá-lo ecoar. Estamos num caminho muito individual em crer que somos sim, merecedores de elogios, conquistas e práticas boas da vida.


E para os que "nunca levaram porrada e são heróis em tudo" (como dizia Fernando Pessoa), não seja deselegante. Desagradável. Grosseiro. Invejoso. Não amaldiçoe os dias do próximo, não mande quem tem baixa autoestima "se amar", porque quem sofre se achando insuficiente perante á vida, já sabe que precisa fazer isso.


Parabenize a conquista do seu irmão. Não cobice o que é do próximo. Elogie uma mulher quando achá-la bonita.


Vencer a Síndrome do Impostor é possível, desde que você tenha consciência de que a carrega. Ser bom para o próximo ajuda no processo.


"O que trago sob os ombros, é meu. E é só meu"


Fotografia: Coruja Geek


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